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Monday, June 15, 2009

Palavras Sábias

  Sei bem o que era, como era e ainda melhor, os erros que cometi. Pensava que o tempo nunca passaria e que a imaculada juventude não findava, nunca admiti nem dei conta da simplicidade da vida.
  Hoje reflectindo, reconheço que o tempo voa e preparo-me para o que há-de vir. Ouvia os anciãos e mas não interiorizava, ouvia sem atenção, criticava veemente tal doutrina inconsciente do que estava para vir.
  Pois o tempo não perdoa ninguém, e hoje sou obrigado a render-me à palavra deles, “filho és, pai serás”. Congratulo-me que, felizmente, os anciãos tinham razão. O fruto dessa razão é o mais importante que tenho para mim, a correr pela casa, a sorrir, a retirar-me horas de sono, a pedir atenção, a amuar, a chamar-me à razão.
  Penoso e difícil caminho foi percorrido, procurei força na minha companheira para a vida. Eternamente lhe devo toda a minha gratidão, que apesar dos momentos em que a fé parecia desvanecer, continuar a lutar era a única opção. Depois de tanto esforço, eis que o casal é presenteado pelo milagre da concepção.
  São típicas lides no quotidiano de quem é pai, e apesar da batalha infindável que implica, eu próprio desconfio que já não saberia existir de outra forma.

Wednesday, September 24, 2008

O Passado

  Bem sei, conheço bem a índole do pensamento, ainda melhor os problemas que daí advém, a guerra já há muito tempo perdida mas que continuo a travar comigo próprio. Não consigo evitar. É acto inerente a qualquer ser humano o anular da equação, quero com isto dizer, que se nos picam o braço, a anular a dor temos o acto reflexo, se choramos um dia, a equilibrar está o sorriso no dia de amanha, ontem ódio, hoje congratulamo-nos com a harmonia do amor. Tudo se anula de facto, e a continuar desta forma, esta minha lista não tinha fim. Tudo muda de figura quando falamos do passado, o que anula o passado? O presente? Futuro? E o que pode descansar a alma, quando aliamos ao passado aquela poderosa deusa de guerra, a nossa deusa somente portuguesa, uma tal de apelidada saudade?

  Fecho os olhos e tanta coisa relembro… Suspiro.

  Engane-se quem julga que alguma destas linhas está directamente relacionada com o campo sentimental e afectivo que por norma se nutre por “uma” qualquer pessoa, porque não, quando muito, seria por “um” qualquer pessoa.
  A tantos chamei meus, apregoava que eram do peito, jurava que daria a vida para os defender e que nunca os iria abandonar. Confidentes, amigos e ombros paternais. Tanto segredo contado, tanta lágrima derramada, em tanto problema fui orientado, noutros tantos fui subjugado. Fecho os olhos e consigo relembrar dias, sítios, a cor do sol, cheiros, palavras e olhares. E quanto segredo obrigaram esta cabeça a guardar, tanta confidencialidade fizeram prometer. Piada que alguns esqueceram os seus próprios segredos, e ainda mais insólito, quando me calha a mim relembra-los que algum dia os tiveram. Onde andam eles? Pergunto eu. Teriam desaparecido de livre vontade ou a vida assim os obrigou? Ou talvez eles não desapareceram, estão num estado latente, e quando eu menos esperar aparecem…

  Há quem diga que sou demasiado agarrado ao passado. Talvez. Mas facilmente o explico. Certamente que essa explicação daria outro texto, maior e bem mais objectivo que este. Mas está guardado para outra altura.

  Vou-me cingir ao assunto entre mãos, e a melhor forma de o explicar é a seguinte:

  Imaginem um rio, nele flutua uma folha de plátano. Bem longe, e já conseguimos distinguir a sua silhueta por entre reflexos na água do céu azul. A cada momento que passa, mais próxima a folha está, já conseguimos adivinhar como ela será. A distância entre nós é cada vez menos um problema. Até que chega o momento em que está mesmo à nossa frente, conseguimos tocar-lhe com o estender do braço. Sentimos a sua textura, a sua força, e naquela distancia a cor não engana. Sentimo-nos poderosos, pois podíamos mudar o seu curso e meta com apenas um movimento, mas não, decidimos deixa-la ir. De olhos postos na sua dança à tona da água, ela vai rumando para longe, e cada vez mais longe, até que os nossos olhos deixam de poder diferencia-la do mesmo reflexo de céu azul que a trouxe até nós. Seguimos caminho, margem do rio acima, procurando outra folha de plátano? A maioria de vocês talvez. Eu? Eu sou dos que galgo margem do rio abaixo, sou dos que a tenta ultrapassar, na ânsia de poder toca-la outra vez.

Wednesday, February 13, 2008

Outra e mais outra e ainda mais outra vez.

Oh Deus do céu, sabem o que é pior que uma estupidez muito estúpida? Pois eu tenho todo o gosto em lhes responder, é uma estupidez muito estúpida, cíclica e temporizada.
Que parvoeira de tamanho desmedido é esta desse tal dia dos namorados… Ele rotulam-se dias por tudo e por nada. Quando me arranjam um diazito da tecla Enter, ou dos escapes de rendimento, da matutano, superbock, sei lá, algo que seja tanto, ou pouco menos estúpido que esse dia dos namorados.
Os defensores adictos de tal dia, criticam aqueles que se lhe opõem, dizendo que não passam de ressabiados, de indivíduos que porque não têm forma de o celebrar, ao invés de se manterem no cantinho deles esforçando-se para não se fazerem notar, entretêm-se a critica-lo. Pois isto é completamente disparatado, falo por mim e somente por mim, quando digo que crítico esse dia precisamente porque pergunto as pessoas:
- Quantas vezes celebraste o dia dos namorados?
- Algumas vezes.
- Com quantas pessoas diferentes?
- Hu, hum, mas…
Precisamente…
Se querem celebrar algo especial, cinjam-se às maiorias, e façam-me um dia dos casados, porque a taxa de casamentos bem sucedidos, apesar de tudo, ainda ultrapassa a dos namoros bem sucedidos (entenda-se bem sucedidos por namoros que resultaram no nó, ou na forca como dizem os velhos do Restelo que por aí andam).
Mas andamos a celebrar o dia dos namorados só porque temos alguém aquém nos referimos como sendo “namorado/a”? Sabendo que em metade do total dos casos, essas uniões de alma e de carne não passam de um entretêm ou hobby, porque toda a gente têm, eu tenho que ter.
Parece mal não o festejar? E quê? Sou obrigado? Batem-me?
Mais um festejamos de sorriso estampado na boca, em que fazemos por nos remeter a um estado transcendental, estado em que não existem problemas e tudo corre as mil maravilhas, em que a vida é um sonho. Era bom que assim fosse o mundo, realmente era. Mas eu n terei mais nada que fazer da vida se não andar a festejar coisas que ainda não sei se sobreviveram ao longo dos tempos? Festeje-mos a provação que já ultrapassamos, e ganhemos força para a próxima que há-de vir, porque os estados de pura fantasia e as visões de futuros perfeitos não dão de comer a ninguém. Não vamos por o carro afrente dos bois.
Tenho mais que fazer que render-me a mediocridade a que o ser humano, na maioria dos casos, se rebaixa enquanto procura a tal alma gémea. Ponho um anúncio no jornal “Se não tens namorado para festejar este dia, liga-me, o preço é em conta, e para mim que já o festejei com tanta gente diferente, já me chega a ser igual ao litro.

Como dizia o Fernando Rocha:
Querem lá ver que agora eu é que sou a puta!

Wednesday, January 02, 2008

À vossa saúde...

Temendo pela estabilidade da minha vida e do meu ser, apenas vos desejo o que desejo para mim; Mutua distancia.
Pois à passagem de cada segundo mais e mais vos odeio... e odeio-vos de morte!
Queira Deus que os nossos caminhos se voltem a cruzar nunca... pq desta, irá ser pior do que alguma vez foi!

Wednesday, December 12, 2007

Só sei que nada sei...

. Estou melhor... diferente, sem duvida que estou, mas, algo se mantêm a ecoar nesta cabeça e a badalar neste coração... Algo...
. Longe vão os tempos em que as doutrinas e condutas eram incutidas à força e obrigatórias vigorar mais e melhor e acima de tudo, hoje interiorizam-se por mero conhecimento da razão e nunca por obrigação.
. Posto isto; triste conclusão, porque continuo a falhar com a tal “totalidade”, a totalidade de responsabilidade que me é logicamente e conscientemente pedida. Totalidade essa que será porventura mesmo assim, inerente à razão de viver, falhar com ela. De certeza que também fará ela própria, essa falha, parte da vida e de uma vivência já marcada de acontecimentos passados e de sentimentos findados como outra coisa qualquer que já me apareceu à frente. Apanho-me a pensar... realmente deve haver uma razão de ser para as coisas, tudo acontecerá arquitectado pela mão de algo superior, algo para além da minha compreensão, que por linhas tortas sabe o que faz, por linhas tortas me apresentará o caminho que eu devo percorrer. Assim renuncio ás minhas responsabilidades, depositando a minha culpa nos ombros de outrem que pela sua divindade não pode ser terrenamente responsabilizado. É mais que fácil...
. Longe vai aquela alma desligada de tudo que eram responsabilidades, e como eu a amava... ora falando dela...
. Essa alma de que vos falo... Era tão fácil de ser vivida, tao simples e directa, tão fatal, que pena que não posso voltar atrás.
. Relembro que tudo que era acção tinha como obrigação ter uma reacção, as coisas eram feitas não porque se sentiam, mas sim porque tinham que ser suplantadas. Não era fraqueza, era força, não era medo, era vingança. Ocupava-se o tempo a delinear vendetas e não a arranjar desculpas. Vendetas de quê? Perguntam vocês. Ora... vendetas de tudo que se opunha à razão e racionalidade. Se era mau? Se era injusto? De facto... Mas entretia, e entretia minorando o sofrimento, digamos que era uma maneira de vingar as coisas que nunca pudemos controlar ao invés de aprender a sofrer com elas... Que prefeririam? Sofrer ou canalizar raiva? Pela razão nos tentamos reger... E há que enfrentar o problema. Mas defacto era mais fácil reagir sob raiva a conformarmo-nos com realidade. É alguém que hoje sente mas que em tempos o reverso sentiu na pele que vos fala. Era muito mais fácil...
. Concebíamos ideias de perfeição, de originalidade e invulgaridade. De insignificância e trivialidade no “ser” era fácil fartarmo-nos bem o sabíamos. Mas chegados a uma altura, tínhamos que nos render as evidências... Só restava isso... Os anos que queimaram a nossa inocência, também não tinham sido brandos com os da nossa época... Idade? A mesma. Oportunidades? As mesmas... E claro que as horas e os dias são fatais, não perdoam. Para todos são reportados episódios e acontecimentos a contar e para nos perseguírem para o resto da vida em tom de arrependimento.
. Tanta coisa que fiz e mais ainda disse... Irónico que, só de poucas me arrependo... E que todas à mesma situação e fase da minha vida são referentes... Espremendo as coisas? Uma existência que em tanto que passou só começou a fazer sentido à pouco tempo. Se esse sentido que me moveu na altura era o irrefutável? Pelos vistos não... Mas ensinou-me muito... E é tanto maior o legado deixado quanto maior o carinho com que o recordo. Uma lição para a vida. Encosto-me para trás na cadeira e tento descreve-lo, sabem o que acontece? Apanho-me a olhar po risco intermitente de escrita do Word, não tenho palavras ou razões, apenas sei, que para além do passado, houve mais algo que falhou independentemente do porquê.
. Factos amigos, sempre factos... O obrigatório a ter em conta é que falhou... Nova jornada se antevê... mais sofrimento se aproxima... Apenas lhes digo duas coisas.
. Por muita perfeição que depositemos em outra pessoa, ninguém é perfeito e desprovido de histórias para contar, à tempo diminuto a vida me ensinou isso, temos apenas que nos resignar e suster a nós próprios, caso achemos que os fins justificam os meios. É um erro capital convencermo-nos que haja alguém que não se tenha regido por impulsos e apenas pela razão durante a toda a vida... Seja lá o que os moveu, é geral, todos já falharam com eles próprios... O bem conhecido por nós arrependimento. Não há ninguém à face da terra que inserido espácio-temporalmente na mesma geração de segundos gasto que nós, nunca tenha agido por impulso. O tal impulso inimigo da razão... Não se iludam...
. Por segundo, nem sempre o mundo tende a apostar em nós como nós nele... Pura e simplesmente há alturas que não estamos preparados para roubar dele o que achamos nosso... Não devemos medir forças com ele, porque vamos perder, sim, ele também tem muito peso... E temos que lhe baixar os braços em tom de respeito... O que é, é, e o que tem que ser tem muita força... As vezes não se manifesta como consciência, mas no inconsciente.... E está vista que a razão impele a ficar, mas o inconsciente obriga a andar... Rendamo-nos então.
. Tudo resumido, temos apenas como verdade irrefutável, para nós que acreditamos Nele, a velha máxima... Seja o que Deus quiser...
. Como uma folha de uma arvore caída em pastos que a nós já se nós esqueceu o propósito, deambula na corrente do Tua... Sabe Deus de onde vem, o que passou para cá chegar. O que importará, será talvez, saber-mos que grandioso ou não... Existirá um canto onde ela terá que padecer e ali encostada descansar da sua viagem... Onde se encostar nos últimos momentos, até que depois de carecida de vida... Venha o vento... E vire cinza...

Wednesday, November 28, 2007

Porto de Abrigo

Tem piada... Fecho os olhos e relembro os versos que para mim fui fazendo ao longo da vida, versos para os quais ainda me apanho a esperar pela contra-resposta... A unica coisa que possuo, é apenas conclusões passageiras, daquelas que ora são verdades absolutas, ora no segundo a seguir o erro mais disparatado por mim concebido.
Relembro as letas do alfabeto que gastei, as palavras formadas, as folhas que usei e as teorias equacionadas. Sim! Muito tempo perdido comigo próprio, buscando metodologias para suposições que justificassem o estado e a atitude da alma. Nem tudo gozava à priori de uma explicação sucinta e de caracter misericordioso, mas, raramente errei as minhas finalidades e alvos... Em questão estão os métodos sim... e olhando para trás, se por um lado me arrependo, por outro lado congratulo-me que de facto os fins justificaram os meios.
Pesado legado aquele com que tenho que viver nos ombros, e com o mesmo infelizmente obrigo os que me têm a viver... Mas se para eles os fins justificarem os meios como toda a vida justificaram para mim, então o problema é diminuto e o peso irrisório... Força de vontade é o que impera. É irónico... Pensar de forma extremista nunca foi benéfico a ninguem, mas é uma lógica inegável que, por vezes, não existe outro caminho.
Relembro os trilhos que marquei, as pegadas que deixei, a força e o afinco com que cravei os pés no chão, as razões das caminhadas, a duração das viagens. Teria sido tão mais facil ter pedido boleia ao invés de conduzir, contentar-me com o meio do caminho e poupado-me às intempéries e imprevistos da totalidade da viagem... Mas teria realmente eu vivido se assim n tivesse sido?
Sei bem que exagerei nas andanças, no movimento, nas procuras, que abusei nos dias e nos meses e nos anos... Políticas de combate... As “minhas” políticas... Aquelas por que me obriguei a viver... Algo parado é tiro certo, em movimento um tiro de sorte. E eis a razão porque tanto e para tao longe corria. Deixa-los disparar, pois quando o tiro chegar, eu já estarei longe, e quanto à procura propriamente dita? Realmente à velocidade a que me movia.. Era facto ser dos primeiros a chegar. Mas chegar não é sinónimo de encontrar.
Sei hoje que, se me tivesse mantido parado teria tido mais tempo para ver o que sempre esteve à minha volta. Irónico... Eu a viajar incessantemente para encontrar algo superior amim e tudo quanto bastava era parar... Ter o tempo para olhar.
Conclusão disto tudo? Ora... Não me posso sentir mal, porque defacto não se tratava da máxima do ser eu que não queria ver... Apenas nunca tive tempo para...
Ironia disto tudo? Tanto andei, por tanto lado guerreei, para no fim... Regressar às origens... Ao sitio onde sempre me consegui encontrar comigo próprio, onde sempre tive o meu lugar e principalmente... O que nunca esqueci...

Friday, January 26, 2007

Este é profundo...

Meus amigos, hà poucos dias atrás deparei-me com um facto que muito me interessou, e apesar da guerra incessante com a classe docente deste Pais em que me encontro neste momento, arranjei o tempinho de meio maço de LM para pesquisar o que tanto me surpreendeu.
Já todos devem ter ouvido falar de “Os Grandes Portugueses”, que é um programa da RTP, vulgo, televisão pública (Ora paga pelo estado, sem camuflagens e em tom de resumo abrangente... por todos nós). Correu um qualquer boato que as votações dos cerca de 12 milhões de portugueses já tinha dado frutos, e imagine-se... O vencedor era António Oliveira Salazar. Prontamente o Estado Português apelidado de “Democrático” em que vivemos ligou as turbinas e de forma pouco tendenciosa, como a democracia o exíge, anulou tais votações escondendo-se atrás de um bode expiatório chamado informática meus senhores. Ora... as votações eram feitas por telefone e internet, e o sistema desenvolvido contabilizava votos no geral, e não “o voto pessoal”. Neste momento vota-se apenas por telefone e fica registado o número de quem contacta, anulando, caso aconteça, uma chamada de voto posterior do mesmo número. Muito preocupado com dualidades dos algoritmos informáticos anda o nosso Estado hein?
Tantas vezes e por tantos fui criticado por dizer que, na minha opinião, a democracia em que fomos criados não é mais que uma ditadura da carteira mais recheada e de quem tem mais conhecimentos, a conclusão está na interpretação, na capacidade de juízo e uso da razão de cada um.
Não me vou inclinar para lado nenhum, esquecendo direitas e esquerdas e extremas das mesmas, sou apartidário portanto, tento-me cingir a factos e não às minhas opiniões.
Deve ser impossível ser-se acérrimo defensor da doutrina Salazarista, reconhecendo-se-lhe bastantes exageros e atrocidades, mas como qualquer equação de vida, nem tudo é sempre e somente malvado ou perverso, daí que pergunto o que preferem, serem forçados a não poderem ser inteligentes, ou constantemente tomados por burros por gente que se julga acima de vós, privando-vos da vistinha intelectual que Deus vos cedeu?
Factos, ora, vamos aos factos. Portugal naquela altura tinha respeito, valores, códigos, honras verdadeiras, condutas e imagine-se só, que até em Lisboa ecoavam nas ruas trechos de sotaque transmontano nas bocas dos Lisboetas da altura. Coisa que qualquer um que siga cinema pode constatar vendo filmes de nomes tao conhecidos como Vasco Santana, Beatriz Costa e tantos outros. E hoje, que temos em Portugal para além de uma Selecção Nacional? E até essa, para além de ser governada por um irmão nosso do Brasil, parte da sustentatibilidade de jogo é feita por um elemento da mesma nacionalidade... Caricato. Ora não fugindo ao tema que o futebol é para entendidos, temos em Portugal uma divisão incontornável de culturas e valores, um poder centralizado na região em que proporcionalmente há menos alminhas puras Lusitanas, temos dos PIB’s mais baixos da União Europeia, falta de respeito, falta de bom senso, falta de espírito de união e entreajuda, inveja em excesso, cínismo q.b., chineses, ucranianos, etc, e tantas outras coisas que cabe a cada um de nós conotar como positivo ou depreciativo. O que fomos e o que somos hoje? É impossível de não anuir que em dado fragmento de espaço e tempo, somos ou fomos tudo o que reza a História, incluindo os 40 anos do regíme ditatorial Salazarista. Temos tanto que baixar a cabeça ao passado Salazarista como ao dia que Vasco da Gama pôs, pela primeira vez, o pé numa caravela. Citanto os franceses... C’est la vie meus amigos.


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Comentários:

“Os Grandes Portugueses"

Ver entre os 100 melhores portugueses de sempre, pessoas que lutaram contra a ditadura Salazarista seria de esperar, ver Salazar nos 10 primeiros é visceral. Aos ouvidos infantis, é o mesmo que dizer que as pessoas elegeram os heróis que lutaram pela liberdade e contra o vilão, mas acima de tudo as pessoas decidiram que o vilão superava ou igualava-se aos heróis, estranho? Não, português. Saudade é uma palavra única da alma lusitana, Salazar foi o demónio e o único politico a entrar e sair pobre de um governo, este termo de votação tem um significado profundo dirigido à classe politica, ao conceito de liberdade e também aos valores de patriotismo e cultura portuguesa. O meu voto é para o primeiro senhor e rei, D. Afonso Henriques é o tal!”

(...)

Joao matos
Em: 15 Janeiro, 2007, 9:27 post meridiem

Seria tão estupido negar a votação de salazar como é o de proibir a extrema direita em portugal e não proibir a extrema direita.
Infelizmente é assim, num pais que se diz democrático e das primeiras frases da constituição surge “(…)um pais em transição para o Socialismo(…)”
Sabes que não sou democrata nem extremista, mas a hipocrisia é demais!.

(...)

Comentário de joão silva
Em: 24 Janeiro, 2007, 4:08 post meridiem

Salazar merece ganhar. Fez-nos sobreviver à primeira republica e quando olho para os politicos de hoje tenho saudades do estado-novo. Há que notar que se Salazar oprimia alguém eram comunistas escumalha como Álvaro Cunhal que bem merecem ser oprimidos. Para não falar do grandioso e digno valor do nacionalismo que com o 25 de Abril se perdeu e foi deitado aos porcos


Retirado: http://pedrocavaco.adamastor.org/2007/01/15/os-grandes-portugueses/

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Rui
2006-10-07 15:34:05

É com uma tristeza profunda, que vejo uma criança de quinze anos referir-se ao Prof. António Sal... como um grande homem da nossa história, é com tristeza e preocupação que assisto ao reavivar destas ideias que tanto mal fizeram ao país. Não existem duvidas que o professor em questão foi importante, mas pelo atraso que a nossa sociedade revela, ainda hoje, quando comparada com o resto da europa.
o Meu vota«o vai como não podia deixar de ser para o pai da nossa ainda jovem democracia, que tão mal tratado foi nas ultimas eleições, o grande Dr. mário Soares, que não só nos ajudou a livrar de pessoas como o famigerado professor, como ainda impediu uma viragem radical à esquerda que nos levaria para mais uns de ditadura.
Eu não vivi em ditadura, mas tenho profunda admiração por quem lutou por acabar com ela - Viva o 25 de Abril, Viva portugal!!!!!!!!!!!

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Paulo André Ferreira
2006-10-07 14:30:21


Acho que está na hora dos oprimidos pelo regime se erguerem e pensarem por si, em vez de engolirem a cassete que lhes foi dada por ordes partidárias, e verem que não devem recear nem muito menos ocultar a existência deste grande Português que amou o país, de uma forma q não deverá ter sido a mais correcta, mas fe-lo e fez o melhor para o mesmo, dentro do que pôde e não esquecer que se ainda existem valores nesta sociedade nossa é graças a anos dos mesmos a serem incutidos e falados em todo o lado... pois por muito q queiram contestar-me neste ponto, ninguém com "2 dedos de testa" e mais de 23 anos o fará pois ninguém pode concordar com a devassidão q abunda hoje em dia ja desde as nossas preparatórias! e mais n falo pois poderia ficar aqui uma "ditadura inteira" a inumerar boas coisas q o homem trouxe e mtas outras em q n tomou a melhor atitude, mas n deveria ser por isso q n deveria constar na lista q a RTP elaborou... daí o meu comentario e daí a minha tristeza com a quantidade de obtusos e diminuidos mentais q ainda existem na nossa sociedade!

Retirado:http://www.rtp.pt/gdesport/index.php?article=23&visual=3&indice=3721


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Tantos, tantos e tantos outros comentários e opiniões que encontrei pela internet. Mas desculpem-me a ousadia e a frontalidade... As pessoas que não defendem nem criticam António Oliveira Salazar, limitam-se a interpretá-lo e interpretar os factos que a História lhe disponibiliza, respeitando as opiniões de outros. Por sua vez, quem se opõem convictamente à política do ditador fá-lo de uma maneira que demonstra pouco equilíbrio no reconhecimento, talvez meras saídas mentecaptas de quem só vê para um lado, e não consegue analisar as coisas sob uma perspectiva mais imparcial. Não dizem que “O insulto é realmente a arma dos ignorantes”?