Stock House

Wednesday, September 13, 2006

"O de sempre!"

A historia que lhes vou contar meus amigos não começa com o tao acarinhado por nós :
"era uma vez". Na realidade desprovida de indumentária e mal passada, nenhum sentido faria, é muitas vezes, já foi muitas vezes e espero que por muitos anos outras tantas vezes e em triplo volte a ser. O que é e porque é? Perguntam vocês com todo o direito de funcionamento neurológico por Deus em vós depositado...
Ora...
Era uma tarde solarenga, "o de sempre" portanto; acordado pela vontade insaciável de liquido e aquele nó na garganta de quem era capaz de regojitar um punhado considerável de alvéolos, fruto duma despreocupação passada, ainda não serenada por dias, apenas horas... decididamente horas! Desta feita, mais um despertar para vida como tantos outros perdidos nas incontáveis memórias que ao passado pertencem, só me sai "o de sempre". O banho é o mesmo de sempre, bem como o carro, a estrada e o destino no dia em questão... (Para lhes ser sinsero acho que so o penteado mudava, mas isso são outras lides...) Em suma "o de sempre"!
Chegado ao destino, os cumprimentos, o bater dos bombos, o vocabulário calão em grito, os acenos, cumprimentos, o “ambiente de sempre”.
Ali sentados, estavam eles, roendo as unhas entre a cadência considerável de suspiros, de olhos postos no mesmo sitio que os demais. Por lá tinha que passar, assim o fiz, tão microscópicos ainda iam os meus olhos por detrás dos oculos de sol escuros que por tao pouco não dava pela sua presença... a tempo me prontifiquei a apertar suas mãos!
É aqui meus amigos, que posso mais uma vez afirmar "o de sempre", mas não queria!!
Em tempos, a substituir um aperto de mão em andamento estava o sentar, em vez do sorriso rápido e atrasado, alguma saída a tirar proveito de um acontecimento ou atitude menos própria que tivesse tido lugar à pouco tempo, em vez de subir escadas estaria a fumar um cigarro, em vez de vos ver olhando para a frente, via-vos olhando para o lado.

Pergunto: Que é feito de voçês? Como andam a gastar o vosso tempinho contado e não contabilizado pela terra? Ainda comentam loucuras escondidas atrás dos quadradinhos do calendário? Não têm saudades dos momentos em que obrigavamos a despreocupação a vigorar acima de tudo e de todos? É imiscível a vida que construímos por opção e temos no presente com a que tinhamos construído até à data em que vivíamos segundo o slogan do malibu jamaicano?

Das duas, três:
- Ou fizeram promessa de virar abstémicos;
- Ou casaram;
- Ou os israelitas arrancaram-vos metade do cérebro para exportar para a china;
- Ou não são voces, e foram os alienigenas que vos raptaram e tomaram de assalto o vosso corpo e a vossa alma!

PS: Já vendias as lentes de contacto para comprar um bom pente e por esse cabelo decentemente!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home