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Wednesday, November 28, 2007

Porto de Abrigo

Tem piada... Fecho os olhos e relembro os versos que para mim fui fazendo ao longo da vida, versos para os quais ainda me apanho a esperar pela contra-resposta... A unica coisa que possuo, é apenas conclusões passageiras, daquelas que ora são verdades absolutas, ora no segundo a seguir o erro mais disparatado por mim concebido.
Relembro as letas do alfabeto que gastei, as palavras formadas, as folhas que usei e as teorias equacionadas. Sim! Muito tempo perdido comigo próprio, buscando metodologias para suposições que justificassem o estado e a atitude da alma. Nem tudo gozava à priori de uma explicação sucinta e de caracter misericordioso, mas, raramente errei as minhas finalidades e alvos... Em questão estão os métodos sim... e olhando para trás, se por um lado me arrependo, por outro lado congratulo-me que de facto os fins justificaram os meios.
Pesado legado aquele com que tenho que viver nos ombros, e com o mesmo infelizmente obrigo os que me têm a viver... Mas se para eles os fins justificarem os meios como toda a vida justificaram para mim, então o problema é diminuto e o peso irrisório... Força de vontade é o que impera. É irónico... Pensar de forma extremista nunca foi benéfico a ninguem, mas é uma lógica inegável que, por vezes, não existe outro caminho.
Relembro os trilhos que marquei, as pegadas que deixei, a força e o afinco com que cravei os pés no chão, as razões das caminhadas, a duração das viagens. Teria sido tão mais facil ter pedido boleia ao invés de conduzir, contentar-me com o meio do caminho e poupado-me às intempéries e imprevistos da totalidade da viagem... Mas teria realmente eu vivido se assim n tivesse sido?
Sei bem que exagerei nas andanças, no movimento, nas procuras, que abusei nos dias e nos meses e nos anos... Políticas de combate... As “minhas” políticas... Aquelas por que me obriguei a viver... Algo parado é tiro certo, em movimento um tiro de sorte. E eis a razão porque tanto e para tao longe corria. Deixa-los disparar, pois quando o tiro chegar, eu já estarei longe, e quanto à procura propriamente dita? Realmente à velocidade a que me movia.. Era facto ser dos primeiros a chegar. Mas chegar não é sinónimo de encontrar.
Sei hoje que, se me tivesse mantido parado teria tido mais tempo para ver o que sempre esteve à minha volta. Irónico... Eu a viajar incessantemente para encontrar algo superior amim e tudo quanto bastava era parar... Ter o tempo para olhar.
Conclusão disto tudo? Ora... Não me posso sentir mal, porque defacto não se tratava da máxima do ser eu que não queria ver... Apenas nunca tive tempo para...
Ironia disto tudo? Tanto andei, por tanto lado guerreei, para no fim... Regressar às origens... Ao sitio onde sempre me consegui encontrar comigo próprio, onde sempre tive o meu lugar e principalmente... O que nunca esqueci...

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